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Nas últimas décadas, temos identificado um crescente isolamento do cidadão do espaço público, buscando proteger-se atrás de muros ou cercas, independente do nível de renda do bairro. No entanto, o que urbanistas vêm chamando atenção, também há décadas, é que este processo torna o espaço público, das ruas, das calçadas, nosso ambiente urbano, ainda mais hostil. Ruas se tornam desertas e pedestres caminham junto a muros e cercas sem atividades urbanas.
A fim de compreender como as decisões arquitetônicas e urbanísticas têm impacto sobre o complexo problema da segurança urbana, recebemos os especialistas Gustavo Caleffi e Percival Barboza.
Gustavo Caleffi
De Porto Alegre, Gustavo é especialista em gestão de riscos estratégicos, crises e segurança. É fundador e Sócio diretor da Squadra Gestão de Riscos e Squadra Academy. É fundador e CEO do aplicativo Be On – Segurança Colaborativa. É administrador de empresas, com MBA em Direccion de Seguridad en Empresas pela Universidade de Comillas (Espanha) e certificado pela universidade Israelense ICT (International Institute for Counter-Terrorism) em “Segurança Global e Antiterrorismo”. Também é autor do livro “Caos Social – A Violenta Realidade Brasileira”.
Percival Barboza
De Guarulhos, São Paulo, Percival é fundador da PB+A Arquitetura da Segurança, que presta consultoria na arquitetura da segurança, e da Conditione Serviços Tecnológicos, especializada no desenvolvimento de serviços digitais para condomínios. Desde 2001 estuda e aplica a arquitetura de segurança baseada no CPTED (Crime Prevention Through Environmental Design). É fundador da CPTED Brasil, organização sem fins lucrativos formada para disseminar o conceito no Brasil, e formado em arquitetura e urbanismo pelo Mackenzie em São Paulo.
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Em ano eleitoral, é comum que o tema da gestão urbana ganhe destaque, afinal, os candidatos precisam ter o assunto em suas pautas. E quanto a nós, cidadãos, será que sabemos o que esperar dos nossos governantes nesse sentido?
Confira nossa conversa com José Alexandre Scheinkman sobre a economia da reconstrução e os desafios do desenvolvimento econômico sustentável no Brasil.
As construções de novas capitais como Nusantara, Brasília e Chandigar têm diferentes motivações, mas muitas vezes resultam em desperdício de recursos. Isso é ainda mais crítico em casos como Naipidau e a Nova Capital Administrativa do Egito, cidades projetadas para controle militar.
Após as enchentes no Rio Grande do Sul, surge uma necessidade urgente de viabilizar moradia para as pessoas cujas casas foram atingidas. O Retrofit pode ajudar na solução do problema.
O livro "Morte e Vida de Grandes Cidades", de Jane Jacobs (1961), revolucionou a teoria urbana. Este artigo explora as ideias influentes de Jacobs e seu potencial para enfrentar os desafios urbanos atuais e melhorar a vida nas cidades.
Entrevista com o italiano Giuseppe Grezzi, conselheiro de mobilidade sustentável que fez com que Valência fosse reconhecida por alcançar metas ambiciosas de sustentabilidade.
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Apenas muros “resolvem” apenas uma questão, que é o necessário filtro entre domínio privado e público. Quando os mesmos se transformam em fachadas ativas, abrigando atividades de comércio e serviços, passam a endereçar TAMBÉM a ocupação das calçadas. Basta que os mesmos muros tenham, em vez de 30 cm de profundidade, 3 metros por exemplo. Calçadas vivas, gente. https://www.facebook.com/profile.php?id=100063769730697
Apenas muros “resolvem” apenas uma questão, que é o necessário filtro entre domínio privado e público. Quando os mesmos se transformam em fachadas ativas, abrigando atividades de comércio e serviços, passam a endereçar TAMBÉM a ocupação das calçadas. Basta que os mesmos muros tenham, em vez de 30 cm de profundidade, 3 metros por exemplo. Calçadas vivas, gente.
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A interface viva entre domínios é a questão.